25 setembro 2006

Viver

Devemos viver o dia não como se fosse o último, mas sim com a curiosidade do primeiro.

Post interrompido

O caro leitor deve estranhar uma aparente falta de posts neste blog e há por aí frequentes queixumes de que não temos por cá informação completa. Nada, porém, do que de verdadeiro se passa e que ao público interesse deixa de ser trazido ao conhecimento dele.
Mas não é informar bem o público deitar mão a todos os mexericos, a todas as intrigas, a todas as fantasias, ouvidas nas mesas dos cafés ou a algum intrujão imaginativo, para as lançar cá para fora como grandes e sensacionais revelações.
Inventam-se tremendas oposições entre pessoas que mutuamente se respeitam e de comum acordo atuam; divisões internas onde só reina harmonia de vistas; conluios suspeitos em casos em que estão perfeitamente definidas as posições e assumidas as responsabilidades...

Bolas!

Então o raio do futebol não acabou?

04 setembro 2006

A desordem do bastonário

Depois de ontem o bastonário da ordem dos médicos ter dito que não se pode exigir aos médicos que sejam polícias e que descubram se as queixas dos doentes são verdadeiras ou inventadas começo a desconfiar da utilidade prática dos médicos.
Há uns anos o Herman perguntava: “para que serve uma tuna?” Se fosse hoje o pessoal das produções fictícias tinha feito a rábula “para que serve um médico?”. Temo pelas respostas.

Mas vamos lá enquadrar estas declarações tão oportunas.
Estava o bastonário descansado a gozar o fim de semana quando um jornalista chato da TSF lhe liga a perguntar o que lhe apetecia dizer sobre as baixas fraudulentas na altura da apanha da batata, do morango e da amêijoa. É daquele tipo de perguntas que chateiam um bastonário.
Em vez de responder uma baboseira do tipo “isso é o critério clínico de cada um e os critérios clínicos são como as vaginas: cada um tem a sua e quem quiser utilizá-la, utiliza-a!”, encontrou uma resposta que calou o jornalista: “os colegas são médicos e não polícias. Os pacientes chegam com queixas e nós somos só médicos!”
Ainda bem que são só médicos! Nem quero imaginar se não fossem de facto apenas médicos!
Creio mesmo que se podia cair na indelicadeza de um médico colocar em causa a doença da pessoa. Eu próprio ficaria aborrecido se o meu médico não acreditasse nos 39º de febre que lhe estava a garantir que tinha e para cúmulo não me desse baixa. Afinal de contas o tipo é só médico ou é mais qualquer coisa? Tipo ... polícia! E acredito mesmo que o bastonário dizia “polícia” mas pensava pide! E já se sabe que fascismo nunca mais! (ainda por cima no fim de semana do Avante)
E para calar de vez o irritante jornalista puxou da piece de resistance: “A lei devia ser mudada. Os governos têm hábito de não ouvir o que dizemos mas nós é que sabemos. Desde há muito que dizemos que não devem ser obrigatórias essas coisas dos atestados e baixas para justificar as faltas. A palavra das pessoas deve chegar.”
O jornalista (que nos tempos livres colecciona selos e portanto não é só jornalista) ainda pensou em perguntar se a palavra das pessoas devia valer mais do que a palavra daqueles que são só médicos, mas calou-se a tempo. Lembrou-se que o bastonário conhecia mais médicos do que ele próprio e portanto estava melhor colocado para dar uma opinião sobre a palavra dos médicos.

Contagem decrescente

O futebol auto destruir-se-á em 10 dias.