26 maio 2006

Tal como no caso particular da fusão da água, onde podemos usar o termo descongelação, também na economia existem casos particulares para investimento ou aquisição.
Creio que esta nota mental é particularmente útil para estrangeiros pois a terminologia que se segue não é ensinada nos cursos de Português para estrangeiros.

Assim, se quisermos descrever um processo de investimento no sector da estética, mais concretamente num cabeleireiro, diz-se: - "Ela pôs um salão!". Se o financiador for o pai podemo-nos arriscar mesmo a ouvir: -“O pai pôs-lhe um salão!”

Também, no sector automóvel há particularidades na terminologia da aquisição de um veículo automóvel. Não é raro termos de ouvir, mesmo contra a nossa vontade: “Para o ano vou buscar um Punto!”. Isto quer dizer que o indivíduo irá comprar um Fiat Punto e ainda está orgulhoso do facto!
Acresce, que este tipo de terminologia já não se encontra encerrada em certas e determinadas zonas geográficas, tal como os Puntos que circulam livremente por todo o lado.

23 maio 2006

Ontem, no Pós e Contras da RTP, Manuel Maria Carrilho foi defender a tese do seu último livro. Não li o livro e não sei se me apetece.

É curioso que aqueles jornalistas - Fátima Campos Ferreira, Rangel e Ricardo Costa - se proponham participar na discussão da manipulação da comunicação social na opinião pública. Todos os jornalistas conhecem o fenómeno das empresas de comunicação e sabem que estes consultores fazem mais do que press releases ou assessoria de imagem. Estes senhores fazem lobby de imprensa!

É ainda mais curioso que um político profissional como Manuel Maria Carrilho se queixe que existam este tipo de fenómenos na política. Esta ferramenta - lobby de imprensa - é utilizada sem pudor por todos os agentes - políticos e empresas - com poder económico para o fazer.
Afinal de contas de que se queixa Manuel Maria Carrilho? Pelo que ouvi ontem da boca do próprio ele conhece a ferramenta, sabe que é utilizada por todos, ele próprio contratou um publicitário e que levou mais na campanha do que deu. Parece-me que o candidato derrotado só tem que se queixar de não ter contratado alguém tão hábil como o adversário.

Quem tem que de ter vergonha são os jornalistas por o jornalismo ser permeável a pressões pagas. Não tenhamos ilusões: se alguém com um determinado objectivo puder pagar a estas empresas de lobby de imprensa consegue ter as notícias publicadas ou difundidas que desejar. Assim sendo, o definição de jornalista é "aquele que é manipulado para manipular".

22 maio 2006

Foi durante o programa "O blog dava um programa de rádio" que me ocorreu ter um blog. Tenho por vezes umas certas e determinadas coisas para registar mas que se perdem na espuma dos dias. Aliás, muita coisa deixo escapar nessa espuma...
Mas o meu blog não será um blog de textos densos e especialmente cuidados, nem terá grandes pretensões. Será antes um bloco de notas soltas para os meus biógrafos.
Alguns de nós pregam valentes partidas aos seus biógrafos sobretudo aqueles que têm má memória e aqueles, outros, que deitam para o lixo certas e determinadas coisas. Ora, tenho memória de peixe e, apesar de nutrir um estranho amor por coisas [aparentemente] inúteis, le soleil de ma vie passa a vida a deitar coisas fora.
Deste modo, creio de grande utilidade um blog. Além disso, uma vez que não há um speakers corner em Lisboa aqui crio o meu.
Por outro lado, creio que as minhas notas mentais não valorizam especialmente um belo programa de rádio, pelo que o meu blog não dava um programa de rádio.