06 novembro 2006

Democracia dependurativa

Isto de aprender com americanos os fundamentos da democracia permite pendurar e exibir com orgulho o saber adquirido.

E só uma grande nação como os Estados Unidos é que pode ensinar devidamente o verdadeiro mérito do artigo 2º da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autónomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.

E lá está! Um americano defende para os outros o que quer para si: a pena de morte. E creio que há nos corações dos políticos americanos uma certa saudade dos bons velhos tempos do faroeste. É verdade que agora os tempos são outros. E fica sempre bem colocar um juiz a administrar a justiça, embora, conforme defendido na tal época, esta coisa do julgamento atrase bastante o espectáculo!

Voltando ao referido artigo da referida Declaração os americanos gostam de cortar tudo a direito! (ou a esganar tudo a direito!). Não interessa se é ditador sanguinário, juiz de um tribunal do ditador sanguinário, meio irmão do referido sanguinário ou um tipo qualquer do Texas que tenha roubado 3 vezes um carro (ah, não! Isso só dá prisão perpétua! O raio do sistema judicial americano que é tão rico e diverso que nos baralha!).
De facto, não houve distinção de sexo, raça, cor ou religião. Se é mau como as cobras toca de pendurar!

E que não venham os Gato Fedorento dizer: -“Ah e tal, que o Saddam nem sequer tinha personalidade juridica!” porque, como nos ensinam os americanos, no artigo 6º da citada Declaração:
Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento, em todos os lugares, da sua personalidade jurídica.

Nem isto pegava. Toda a gente sabe que os ditadores sanguinários têm personalidade jurídica! Senão vejam bem o Pinochet. Se repararem com atenção... lá está! A personalidade jurídica mesmo ao lado da algália!

E a do Saddam estava bem no centro de uma bolsa periodontal originada por uma mau ponto de contacto entre o dente 4.5 e 4.6. Todos nos lembramos de ver um dentista forence americano à procura da dita personalidade na boca do dito sanguinário.

De facto com uma democracia assim, todos querem pendurá-la com orgulho!



Nota: Curiosamente, o dentista que falhou o tal ponto de contacto ao fazer uma restauração no 4.5 voluntariou-se, com surpresa de quem o conhecia, para um estudo pioneiro da influência da lobotomia dupla num dentista que efectua exodontias múltiplas sem anestesia de decíduos sãos em crianças xiitas. Este estudo ainda não produziu resultados porque perece haver alguma dificuldade do dentista em escrever o relatório.

Cheias

A desvantagem de haver cheias no Inverno é que torna mais difícil secar as carpetes e os cortinados.

02 novembro 2006

Locações

O que é o amor senão um contrato de locação reciproco onde cada um dos envolvidos é simultaneamente locador do seu coração e locatário do do outro!