06 dezembro 2009

Vasco Graça Moura e a merda

Hoje está um dia de merda. É domingo, está de chuva, o George O’Malley da Anatomia de Grey morreu, estou de pijama e a roupa lavada não seca.
Assim sendo, é o dia perfeito para tratar de assuntos como a crónica do Vasco Graça Moura dado ser merda que se trata (a crónica, não o Vasco).
A diferença entre a esquerda e a direita, do ponto de vista da forma, é esta mesma: eu sou de esquerda e digo merda, os de direita dizem porcaria.

Ora, visto que sou português, o Camarada Vasco acha que eu gosto de merda e que me devo besuntar com ela, tendo-me posto a jeito primeiro. Pode ser um fetiche legitimo, sugerir e imagina-me besuntado de merda mas, oh Vasco, eu não alinho nesses seus chavascais.

É curioso, contudo, que consigo imaginar qualquer pessoa da esquerda mais radical a escrever, no mesmo estilo, este artigo de opinião (se calhar exagerei no início; creio que chamar crónica àquilo é excessivo). Duvido, contudo que insultasse o “povo” no qual me incluo.

Deve ser coisa de intelectuais. É melhor não lhe ligar muito. Ainda por cima, trata-se da mesma pessoa que disse há uns anos que Cavaco Silva foi um Capitão de Abril.