16 outubro 2009

Anúncio do Pingo Doce



Eu não entendo a estratégia do Jerónimo Martins há muitos anos.
Começaram a perder dinheiro a rodos nos anos 90 na Polónia e justificavam-se com falhas de report do SAP! Contudo, em Portugal, o Pingo Doce mantinha a estratégia afinada: target C1/B, boa comunicação (no sítio do costume) e aquela ferramenta fantástica e pioneira em Portugal de data mining que foi o cartão dominó (já mais para o final dos anos 90, creio). Mas, estranhamente, não souberam segurar a equipa e, durante os anos 90, foi uma sangria de bons quadros.
Andaram à deriva uns anos e depois mudaram tudo: compraram o Plus e baixaram o target para C2/D (algumas lojas parecem o Lidl), redefiniram a comunicação e passaram a dizer mal dos cartões de cliente (que foram eles que inventaram em Portugal!) e agora fazem esta coisa esquizofrénica que é colocarem um tipo que eu nem identifico a nacionalidade com uma bandeira Portuguesa por trás.
O claim do anúncio “preço baixo e qualidade” ou “preço baixo o ano inteiro” tem sentido. A música não é uma obra de arte mas acho que se adequa ao target actual do Pingo Doce. O que me irrita é a ideia peregrina de garantir “o nosso amor por Portugal”. Aceitava melhor que a industria farmacêutica declarasse o seu amor pelo nosso país que o sector da distribuição.
Estamos a falar de gente que não compra produtos aos nossos agricultores, ou que lhes compra por um preço a que alguns preferem nem vender. O sector da distribuição tem um poder tal que tem as pequenas empresas portuguesas nas suas mãos. Custa-me, assim, ouvir falar de amor por Portugal.

Naturalmente que a punch line do anúncio, que nem é no final como uma punch line deve ser, é aquele senhor com os suspensórios do Lary King, óculos de John Lennon e com o chapéu que o Michael Landon usava na série Bonanza ao som de guitarras portuguesas e com a bandeira de Portugal por trás.

02 outubro 2009

Filhas de Zapatero



As filhas de Zapatero, de 14 e 16 anos, desde os 10 que pediam ao pai que as levasse a conhecer Guantánamo onde queriam assistir a um interrogatório que envolvesse berbequins ou agrafadores.
O pai, protector das suas pequenas, sempre as proibiu de duas coisas: ir a Guantánamo e de ver os serviços noticiosos da TVI. Acontece que há umas semanas as miúdas andaram na net a ver vídeos da Manuela Moura Guedes. Zapatero, que até tolera sacrifícios de galinhas no Palácio de Moncloa desde que sejam na cave, perdeu a paciência e castigou-as: levou as suas filhas góticas à Casa Branca.