23 maio 2006

Ontem, no Pós e Contras da RTP, Manuel Maria Carrilho foi defender a tese do seu último livro. Não li o livro e não sei se me apetece.

É curioso que aqueles jornalistas - Fátima Campos Ferreira, Rangel e Ricardo Costa - se proponham participar na discussão da manipulação da comunicação social na opinião pública. Todos os jornalistas conhecem o fenómeno das empresas de comunicação e sabem que estes consultores fazem mais do que press releases ou assessoria de imagem. Estes senhores fazem lobby de imprensa!

É ainda mais curioso que um político profissional como Manuel Maria Carrilho se queixe que existam este tipo de fenómenos na política. Esta ferramenta - lobby de imprensa - é utilizada sem pudor por todos os agentes - políticos e empresas - com poder económico para o fazer.
Afinal de contas de que se queixa Manuel Maria Carrilho? Pelo que ouvi ontem da boca do próprio ele conhece a ferramenta, sabe que é utilizada por todos, ele próprio contratou um publicitário e que levou mais na campanha do que deu. Parece-me que o candidato derrotado só tem que se queixar de não ter contratado alguém tão hábil como o adversário.

Quem tem que de ter vergonha são os jornalistas por o jornalismo ser permeável a pressões pagas. Não tenhamos ilusões: se alguém com um determinado objectivo puder pagar a estas empresas de lobby de imprensa consegue ter as notícias publicadas ou difundidas que desejar. Assim sendo, o definição de jornalista é "aquele que é manipulado para manipular".

1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigado por Blog intiresny