06 março 2008

O 24 Horas e o jornalismo cadavérico

Vi, na segunda feira dia 03/03, com choque a foto do cadáver de Alexandra Neno quase nu nas páginas do jornal 24 Horas.
Foi-lhe tirada a vida por um assassino e horas depois foi sujeita à indignidade de ser fotografada em cuecas por jornalista que a publicou no jornal 24 Horas. O que acrescenta à notícia esta imagem?
Considerava curioso aquele número do director do jornal 24 Horas no caso do envelope 9. Um jornal sensacionalista vir defender, cheio de força, a liberdade de imprensa é muito curioso.
Fica clara a razão da defesa da liberdade de imprensa: poder publicar o cadáver de uma mulher em cuecas.

Li que a vítima deste hediondo crime era account numa empresa de comunicação e casada com um jornalista. Nem entre colegas há o mínimo de decoro e respeito.
Este jornalismo mete nojo. Espero que o jornal definhe. Eu nunca mais colocarei publicidade deste jornal da empresa onde trabalho.

2 comentários:

Anónimo disse...

Faço só notar que a mesma fotografia foi publicada pelo Diário de Notícias, na capa e não no interior como o 24horas. O 24horas, alás, foi o único diário (julgo que com o Público) a não colocar na capa fotos do cadáver de Alexandra Neno

NMS disse...

Tem razão. Acabei de verificar na net.
Na segunda feira, quando em conversa com o senhor do café me foi mostrada essa notícia, de facto já só meia dúzia de jornais. Não me lembro de ter visto o Público ou o DN na banco do café.

É ainda mais grave! Do DN esperamos muito mais responsabilidade do que do 24 Horas.
Irei escreve ao provedor do DN.