15 julho 2007

Eleições intercalares

Vou adiantar-me ao José Pacheco Pereira (JPP) porque isto da blogosfera é um meio muito competitivo. Acresce que um blog só é blog se tiver um rival! E eu não me furto a uma boa briga (a não ser o adversário seja maior do que eu, situação que evito).

Vamos lá à matéria substantiva: análise dos resultados das eleições (acabo de confirmar no Abrupto que ainda vou à frente).
Desta eleição fica claro que o que importa para o eleitorado são as pessoas. Mas isto não quer dizer que os movimentos independentes de cidadãos valham mais do que os partidos. O que recordo é que os partidos são constituídos por pessoas e que é em função das pessoas desse partido que os eleitores votam.
Mas há que verificar, ainda, outro aspecto que é esquecido ou escondido: os movimentos de cidadãos com os de Helena Roseta ou de Carmona Rodrigues são partidos não formais uma vez que as pessoas que os integram se comportarem da mesma forma que se comportariam num partido.
Estes movimentos, embora menos organizados que um partido, têm os mesmos tiques dos partidos e recorrem aos mesmos meios, até porque, se assim não fosse, não chegariam sequer a ser conhecidos ou reconhecidos.
Enquanto estudante pertenci ao associativismo estudantil. Orgulhava-me de não pertencer a qualquer partido e apregoava a minha independência (tal como todos os meus colegas). Contudo, rapidamente me apercebi que pertencia a um partido não formal.

Creio que não se pode falar de fragmentação do eleitorado partidário pode-se sim falar da maturidade da nossa democracia que está a originar uma geometria partidária dinâmica através destes partidos informais. Informais mas que ficam há frente de muitos partidos!

(Ganhei, o JPP ainda não comentou os resultados)

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